E ao folhear um caderno antigo, em busca de páginas em branco (mas sem fotos coloridas), encontro outro de meus escritos incompletos...
São tantos e tão complexos e alguns, como esse, já não significam nada. Nem ao menos uma lembrança Não lembro o contexto, nem o destinatário, mas o remetente... Ah, esse eu lembro! Era uma Carla mais intensa, mais impulsiva, mais impetuosa. Era uma Carla muito mais jovem e às vezes mais sábia. (O poema está escrito a lápis, com versos de uma palavra e uma estrofe em caixa alta)
Bocejos
Teus braços, de que servem
esse braços
de frouxos abraços?
E esse olhos que veem
através
e namoram horizontes?
E TEUS PÉS QUE CAMINHAM
POR CAMINHOS
CADA VEZ MAIS DISTANTES
Tua boca (me diga!)
de que serve
essa boca
de obscuras metáforas...
10 de junho de 2013
1 de junho de 2013
Sobre o que eu sinto falta
Sinto falta da impetuosidade, da inconsequência, do inocente, da chuva no rosto, do cheiro de mato, do tempo livre, do andar a toa, de entoar cantigas, de pular em poças d'água, de pintar com guache, de escrever poemas, de rasgar a alma, de escrever bilhetes, da sinceridade, da esperança da conquista, do idealismo adolescente, de acreditar na humanidade, de uniforme de escola, de subir em árvores, de acreditar em fadas, de ouvir espíritos, de fazer fogueiras, de acampar no mato, de ouvir musicas com meu pai, de cozinhar com minha mãe, da melancolia, das múltiplas vozes...
Sinto falta de sentir
Sinto falta de sentir
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