E cheguei aos 25... faz uma semana já, mas não me recuperei do choque de perceber que um terço da minha vida já passou...
E eu penso 'Um terço e eu ainda não tenho nada, um terço e eu ainda não fiz nada'. Eu sei que fiz, mas esse pensamento me invade e eu sinto todo o peso da minha impotencia perante ao tempo.
Eu sinto o peso das minhas decisões e, diferente da adolescencia, alguns caminhos não tem mais volta.
Agora que tenho 25, olho com saudosismo para o passado. Sinto nostalgia dos tempos idos, entrevejo rostos há muito esquecidos...
São sorrisos, são abraços, amigas andando na chuva, medindo a rua com palito... Sou eu defendendo meu irmão menor... quando ele era menor... é brincar na piscina do clube... passar as tardes dormindo na serra, como companhia, as arvores e um incenso...
Sinto os cheiros e o sabores da infancia, comer lanche na praça... a primeira vez que eu não chorei quando cai, o primeiro beijo, o primeiro fim... as professoras e os bilhetes por não fazer lição...
Agora que tenho 25 o tempo passa exponencialmente.
Agora que tenho 25 não dá tempo de errar.
Agora que tenho 25 me sinto como se tivesse 70, como se não tivesse mais tempo...
Agora que tenho 25 aposentei minhas asas e tento firmar o pé no chão...
mas me recuso a aposentar meu idealismo, mesmo não acreditando no futuro
23 de novembro de 2010
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Um comentário:
É isso, guria! Descobrir que a vida é uma estrada só de ida, não é fácil. Ouça; Aquarela do Toquinho e A lista do Oswaldo Montenegro. Voce se verá lá.
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