Joguei fora minhas cartas e retomei lembranças esquecidas, memórias desbotadas que loga mais se apagarão. Tenho certa relutancia em me desfazer do passado. Gosto de guardá-lo em caixas para, de vez em quando, tornar a vê-lo.
Ver, com olhos mais experientes, as emoções que vivi. Amores passados, intensos como eu talvez nunca tenha notado, alegrias, problemas, bilhetes triviais de saudações. Cartas escritas com as emoções à flor da pele, com todo o exagero e sinceridade dos adolescentes. Cartas trocadas com amigos de amigos, pessoas que as vezes eu nem lembro, e que talvez não se lembrem de mim também.
Quando me desfaço dessas coisas sinto como se estivesse me abandonando. Dando as costas para a Carla que eu já fui.
Me desfaço das agendas, dos pedaços de papel de presente e a cada item deixado para trás, um pedaço de mim se vai.
Mas não quero, nem consigo, me livrar de todas as coisas do passado. Escolho algumas lembranças para manter comigo, ao menos um item de cada pessoa. Assim, quando minha memória for falha, basta abrir minha caixa e reler trechos do passado.
Este post, cheio de saudosismos, é dedicado a todas as pessoas que, de alguma forma, participaram da minha vida:
Gabi, Vinicius, Érika, Angela, Thaís, Daiana, Luanda, Richard, Agatha, Dexter, Camila, Gabi, Lorraine, Bruna, Sabrina, Aline, Deolinda, Denis, Tana, Gustavo, Miguel, Luizé, PVC, Lango, China e tantos outros que eu provavelmente esqueci de citar
19 de outubro de 2009
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6 comentários:
Adoro cartas antigas. Acho que se um dia faltar espaço na minha gaveta, eu enterro no jardim.
As vezes me pego olhando o passado distante, muito distante... e releio os bilhetes que escrevi (sempre os faço com cópias)e os que recebi. Isto é pate de minha história e é a única coisa que nos torna inesquecíveis. Sem estes documentos, que as vezes nos coloca em apuros, para explica-los, não seriamos lembrados mais que uma ou duas decadas depois da morte. Pessoas saberão, ao bibilhotar esses papeis, quem fomos e a quem nos dedicamos, quem amamos ou odiamos.
Beijos menina. Com todas aas lembranças, mesmo as esquecidas.
<3
Parabéns!
Além de escrever muito bem, você tem muita coragem!
É preciso muita coragem pra se desfazer de fragmentos do passado. Tanto fisicos, quanto emocionais. Eu tenho um certo problema com lembranças... elas geralmente me dão choque ou doem, quando são recentes... e eu as evito, até que elas parem de doer, ou me dar choques corporais. Eu já consegui me livrar de algumas coisas do passado tbm, mas tem coisas que não dá, por exemplo, uma carta que a minha ex-melhor amiga me escreveu há anos atrás, quando estavamos na 7ª série. Essa eu guardo, já que não tenho mais a amiga.
Para me livrar dos meus brinquedos foi um parto também. hahaha... Acho que nós humanos, somos muito apegados à coisas materias, e lembranças que nos diga quem nós somos. Afinal, tudo é uma construção de nós mesmos. Mas confesso que eu sinto muita falta de uma Babi que existiu num passado não muito distante, ela era mais divertida. A Babi de hoje é um pouco mais séria. Acho que joguei alguma coisa importante fora, sem perceber. hahaha...
Beijão! :]
Pô Carlinha, nem sabia que você ainda lembrava de mim!
acabei acessando seu blog por que vi o endereço no seu nick do msn! hehehe
Saiba que não te esqueci também Viu, e tal qual como você, as vezes sinto somente a vontade de levantar da cadeira e sair correndo, sem destino, sem final... apenas sair correndo!
o que será que aconteceu hein?!
Saudades de você pequenina! Acho que se me ver hoje, nem me reconhece mais!
Beijão do Gu pra você!
Ps. o Fabinho (da poli...que estudou conosco, também lembra de você!)
Sempre lembro de você... eu lembro do Fabio também... lembro de dois deles inclusive... um loiro de olho claro e o que eu acho que você está falando, magrelo e bem branquinho... viciado em animes.... saudades imensas da época
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