16 de dezembro de 2012

Sobre o tic tac do relógio

O Relógio

Passa, tempo, tic-tac 
Tic-tac, passa, hora 
Chega logo, tic-tac 
Tic-tac, e vai-te embora 
Passa, tempo 
Bem depressa 
Não atrasa 
Não demora 
Que já estou 
Muito cansado
Já perdi 
Toda a alegria 
De fazer 
Meu tic-tac 
Dia e noite 
Noite e dia 
Tic-tac 
Tic-tac 
Dia e noite 
Noite e dia


Vinícius de Moraes

24 de novembro de 2012

Sobre minha capacidade de me entregar

Mexendo num caderno antigo do Rodrigo, encontro linhas e versos rabiscados com tamanha intensidade que me surpreende. Lembro do dom que eu tinha, e agora encontra se adormecido, de me expressar com palavras.
Me vem a memória todos os versos que já fiz e entreguei ao(s) destinatário(s) sem manter uma cópia. Lembro de todas as paixões, duradouras ou não, as quais eu sempre dediquei o máximo do meu ser...

Segue as linhas que me fizeram refletir:

E isso que me invade?
De onde vem tão impetuoso sentimento?
O que é isso que me devora e domina 
E intensifica todas minhas sensações?
O que importa de onde vem?
Só peço que não vá embora.

Isso foi escrito em setembro de 2007. Passado pouco mais de cinco anos posso afirmar que é mais do que paixão, é amor verdadeiro.


19 de novembro de 2012

Sobre a iminência de outro aniversário

Véspera de aniversário e está chovendo... Todo ano chove no meu aniversário... Todo ano chove uma semana inteira. Talvez seja um prelúdio, talvez seja um aviso... Um anúncio da crise anual pré aniversário. É uma semana de desalento e tristeza... Uma semana de insatisfação... A reflexão essa época do ano é inevitável...


A apatia me é uma característica inerente... minha reação a diversas situações não eram caracteristicas de uma criança... a praticidade com que encarava certos fatos, fazia com que minha irmã  me acusasse de não ter coração.

No entanto, essa praticidade parece ser deixada cada vez mais de lado, como se o tempo pudesse deixar meus olhos nublados e meu coração mole... Ao invés de identificar um problema e agir em prol de uma solução, tudo o que eu faço ultimamente é me lamentar e esperar que um milagre aconteça.

Me preocupa chegar aos 27 anos e ter a impressão de que voltei a adolescencia.... ou pior, pois durante a minha adolescencia eu era muito mais segura e tinha muito mais certeza do que queria para minha vida

Me preocupa perder certas posturas e abandonar certos pontos de vista, não porque eles não são mais aplicáveis e sim por simples comodismo...

........

Janaina é só lembrança de amores guardados

Hoje é apenas mais uma pessoa
Que tem medo do futuro- que aconteceu ? -
Se alimenta do passado

Mas ela diz

Que apesar de tudo ela tem sonhos
Mas ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Diz
Que apesar de tudo ela tem sonhos
Ela diz
Que um dia a gente há de ser feliz
Se deus quiser.....

Já não imagina
Quantos anos tem
Já na iminência
De outro aniversário

PS - Este post deveria ter sido publicado no dia 13/11



1 de novembro de 2012

Sobre a libertação do vício

E quando se descobre livre bate o alívio e o desespero... o medo do vazio deixado pelo vício...
E se enreda por um novo jogo, mas não um jogo de você.

"Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso"

24 de outubro de 2012

Sobre comportamento idiossincrático

Seria egocentrismo este estado em que me encontro? A irritabilidade para com os problemas alheios e a valorização dos meus próprios? Qual valor encontro em minhas palavras e em minhas reflexões?
Quão acusadora me tornei? Julgando e maledizendo e me achando diferente...
Será esse o significado de tornar se adulta? Finalmente jogar a toalha e engolir as regras já impostas pela sociedade?
Esses questionamentos trazem a tona o primeiro post do blog, ao qual me dispunha analisar até onde uma "menina má" poderia chegar... Estamos todos fadados a sermos moldados ao longo da vida?
Estamos todos ou apenas eu que me curvei e abandonei meus ideais?
Onde abandonei meus sonhos? Pelo que os tenho substituido?
Me tornei mais um peixe no oceano... nadando a favor da correnteza, tentando apenas sobrevivar aos tubarões?
Será ainda possível trilhar os caminhos escolhidos anteriormente? Ainda há tempo de rebelar me e lutar pelo que eu costumava acreditar? Liberdade em todos os sentidos?

Externar meus pensamentos irá me ajudar a transformá-los em ação? Ou trata se apenas a repetição  do que tenho feito nos ultimos anos... refletir e reclamar e nunca chegar a ação?

Como alterar a idiossincrasia da minha própria vida?

5 de outubro de 2012

Sobre a influencia do tempo em mim

Em minha busca por Oz não encontrei tijolos,
Mas minhas estradas estavam forradas de ipês amarelos
Pelas terras onde passei encontrei coragem e sabedoria
Mas as abandonei pelo caminho, junto com meu coração
E tudo o que eu queria era voltar para meu lar
"Não há lugar como nosso lar"
"Não há lugar como nosso lar"
Não há lugar para se voltar quando não se tem um lar.

1 de outubro de 2012

Sobre penas e sentimentos

O gap do blog pode ser justificado por um grande periodo de apatia que pode ser mais do que expresso pela musica Socorro - Arnaldo Antunes

Socorro, não estou sentindo nada
Nem medo, nem calor, nem fogo
Não vai dar mais pra chorar, nem pra rir
Socorro, alguma alma, mesmo que penada
Me entregue suas penas

Mas ok... agora já deu... 
Que eu faço com tantos sensações diferentes??

25 de setembro de 2012

Sobre o que eu estou sentindo...


I was cryin' when I met you
Now I'm tryin to forget you
Your love is sweet, misery
I was cryin' just to get you
Now I'm dyin' 'cause I let you
Do what you do-down on me




Sem mais....

21 de setembro de 2012

Sobre a recaída

O furor que me atingiu não fazia parte dos meus planos
O delírio parecia eterno e a vontade insaciável.
A recaída deixou marcas em minha pele.
Mas eu não tenho arrependimentos, além de ter me deixado levar
Além de ter deixado essa obsessão se instalar.

17 de setembro de 2012

Sobre vícios e reabilitação

Vício em Quatro Atos

Ato I ou Como tudo começou
E o princípio de tudo, perdeu se na poeira do tempo
Não consigo lembrar dos fatos
Ficou apenas a memória do desejo

Ato II ou O que aconteceu depois
Então vieram atos tão divertidos quanto inconsequentes
E a intensidade de todo o ocorrido
ficará para sempre em minha mente

Ato III ou Como se livrar do vício 

E uma pausa prolongada faz surgir o medo
Antes que transborde, abram as comportas
E deem vazão aos sentimentos
Você pede controle, mas como me livrar do vício
Se na minha boca ainda tem seu gosto
E na minha pele ainda tem seu cheiro?

Ato Final ou O primeiro passo para reabilitação
E a necessidade de controle
Muda o rumo dos eventos
Já não tenho o seu telefone
Mas ainda te tenho em pensamentos.


Os originais dos Atos I e II foram perdidos, mas a adaptação ficou boa o suficiente.

14 de setembro de 2012

Sobre músicas que se ouvem por ai

E hoje meu dia começou com Cazuza... não sei se isso é um bom presságio... =/

O Nosso Amor A Gente Inventa.
Cazuza

O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver
Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu
 -------
 E o nosso destino, quem inventa?

12 de setembro de 2012

Sobre um possível retorno

E então as vozes quebram o silêncio e clamam por liberdade. O cárcere durou tempo de mais. E agora as idéias surgem sem fim, sem pausa, sem folego para respirar. E as lembranças querem ser eternizadas. Na ânsia de sair, tudo se atropela. Seria isso o indício de um retorno? Ou o comodismo e a preguiça irá sufocar tudo de novo?